Paridade de gênero: uma opção política
- frentebase
- 28 de mai. de 2018
- 3 min de leitura

Um dos temas debatidos no Congresso da Fasubra foi com relação à necessidade de paridade de gênero na composição da Direção Nacional. O ponto foi aprovado como resolução congressual, entretanto, ficou prejudicado de ser aplicado uma vez que as alterações estatutárias ficarão para ser debatidas somente no próximo Congresso.
No entanto, ainda que não haja a obrigatoriedade desta composição, trata-se uma posição política das forças/chapas indicarem nomes femininos. Neste cenário, nós que compusemos a Chapa 1 "Por uma Fasubra combativa, Livre e pela Base" fomos a única chapa que indicou maioria de mulheres na titularidade uma vez que elegemos 75% de mulheres, ou seja, 3 mulheres para 4 cargos.
Considerando titulares e suplentes, a paridade foi marca da nossa chapa: 3 titulares mulheres, 1 suplente (total de 4) e 1 homem titular e 3 suplentes (total de 4).
Ficamos surpresos, entretanto, que de conjunto, não foi o cenário apresentado por outras correntes, exceto pela chapa 4 (Ressignificar) que ficou com 2 vagas, indicando 1 mulher e 1 homem. As chapas 2 (CTB), 3 (Sonhar Lutar) e 5 (Unir) não apresentaram paridade na titularidade. Desta forma, o novo mandato da Federação que inicia no próximo dia 1°, começa com um número menor de mulheres do que: foram eleitas 12 mulheres para 15 homens.
Isto significou que nenhuma mulher foi indicada para a Coordenação Geral. As chapas que não cumpriram a paridade na titularidade, por opção política e não estatutária, indicaram: Chapa 2 - CTB - 1 mulher e 3 homens, Chapa 3 - Sonhar Lutar - 4 mulheres e 5 homens e Chapa 5 - Unir 3 mulher e 5 homens.
Nós da Frente Base, indicamos na composição da chapa 10 mulheres e 8 homens, num total de 54 nomes. Junto com PSLivre e Combate, nossa chapa indicou, destes 54 nomes, 27 mulheres e 27 homens, mantendo a paridade.
Com relação à composição das demais chapas em relação à suplência e composição das chapas, até o fechamento desta matéria, não tínhamos os números para indicá-los.
A construção das mulheres é todos os dias
Antes mesmo se aprovar a paridade na direção (ainda que não será cumprida), a Chapa 1 "Por uma Fasubra combativa, Livre e pela Base" já havia concluído o processo de fechamento de nomes. Na escolha da composição dos nomes, não nos atentamos a verificar a paridade uma vez que isto não era critério.
Desta forma, o que aconteceu nas indicações da nossa Chapa foi um processo natural e espontâneo que coincidiu com a paridade na nominata da chapa e em garantir maioria de mulheres na titularidade.
Isto demonstra que a política de cotas é sem dúvida um processo transitório e educativo que é superado com a construção diária e fortalecimento de companheiras para que sintam condições de assumir cargos de direção. Neste sentido, a Frente Base sente orgulho de dizer que tem em seus quadros uma forte composição de mulheres e que, independentemente de cotas, tem condições de indicar nomes femininos para quaisquer cargos da Direção Nacional.
E será dessa mesma forma que seguiremos: construindo coletivamente e fortalecendo nossas companheiras! Assim será também daqui a um ano meio, quando assumirem o mandato* da Coordenação de Estaduais e Municipais pela nossa chapa!
Por isso, consideramos que é essencial seguir com este debate na Fasubra, fortalecendo cada vez mais nossas companheiras. Parabéns à Frente Base por ser exemplo no combate ao machismo e na luta contra a opressão e exploração!
*Nota: O mandato da Coordenação de Estaduais e Municipais será composto por metade do período pelo Combate e a outra metade pela Frente Base.
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