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CONFASUBRA mostra que existe uma rebelião pela base! Vamos continuar organizando os de baixo para d


O ano de 2018 é marcado pelas eleições e, definitivamente, sabemos que as urnas não mudarão em nada nossas vidas. Muitos companheiros e companheiras já percebem que as instituições como o Executivo, Judiciário, Legislativo estão em ruínas. Isto coloca cada vez mais urgência da classe trabalhadora se organizar para, através das lutas e das ruas, se defender dos ataques do governo e dos patrões e construir uma saída revolucionária e socialista.

Neste cenário, aconteceu o XXIII CONFASUBRA, entre os dias 06 e 11 de maio. Como pauta do Congresso estavam conjuntura, mas também várias reivindicações específicas da categoria e várias pautas de interesse das trabalhadoras e trabalhadores técnicos administrativos das IFES. Como resultado das discussões era pra sairmos com um robusto plano de lutas para os próximos 3 anos. No entanto, as correntes do campo da CUT/CTB e o Movimento Sonhar Lutar optaram em sua maioria para empurrar o debate para a questão eleitoral, o debate sobre o “golpe” de 2016 e a polêmica a favor do #LulaLivre. Isso significou, na prática, deixar de lado as demandas específicas da nossa categoria e negligenciar a construção do plano de lutas. Para impedir vozes que não concordavam com esta tese e essa estratégia, a programação do Congresso garantiu apenas 8 minutos para a Frente Base expor suas ideias e permitiu a participação da nossa bancada em somente uma mesa de debate, a mesa que tratou de Opressões.

Durante o restante do Congresso diluídos nas mesas temáticas que ocorreram simultaneamente e os debates que deveriam ser produzidos nos Grupos de Trabalho foram prejudicados com a programação de dois turnos de atividade livre. O planejamento equivocado da programação resultou que a plenária final estendeu-se madrugada adentro, implicando na dificuldade de muitos companheiros e companheiras acompanhar integralmente o debate. Os debates sobre aposentados, hospitais universitários e plano de lutas ficaram para a madrugada adentro.

Mas, apesar disto, a Frente Base, junto com os companheiros e companheiras do PSLivre e Combate, conseguiu furar parcialmente esse bloqueio e levar o debate da construção de um polo alternativo para a federação para a construção de uma Fasubra combativa, livre e pela base - que paute as necessidades da nossa categoria independente de alternativas eleitorais.

As resoluções de conjuntura ficaram cada vez mais distante das bases de nossos sindicatos e da indignação manifesta nelas contra TODOS os corruptos e contra todas as políticas de nossos últimos governos que atacaram nossas universidades. O discurso “Lula Livre”, apresentando pelas correntes próximas ao PT e CUT (Ressignificar e Unir) e a CTB (próxima ao PCdoB) foi apoiado, defendido e votado pelos companheiros e companheiras da majoritária do Movimento Sonhar Lutar (próximo à majoritária do PSOL). Como contraponto, propostas mais objetivas foram apresentadas por nós da Frente Base, por companheiros e companheiras do PSTU, da Unidos para Lutar (PSOL) e companheiras da base que não tem filiação partidária. Nesse contraponto, nos somamos ao Combate (que também tem militantes organizados no PSOL) e do Pensamento Sindical Livre, apoiado por diversas delegadas e delegados independentes. Outro elemento de destaque foi o chamado à unidade que várias correntes fizeram. O bloco representado pela rebelião das bases (Frente Base, Combate e PSLivre) defendeu que o chamado à unidade deveria ser nas lutas e nas ruas. Os outros campos defenderam a unidade em torno do campo político-eleitoral lulista ou outro candidato, seguindo os moldes da conciliação de classes dos governos petistas. Esse discurso é o que está presente nas Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e Plataforma #Vamos.

O resultado concreto disto foi que somente a Chapa 1 se formou em torno de uma unidade, uma unidade programática na defesa das trabalhadoras e trabalhadores das IFES, de nossas carreiras e de nossos salários e, consequentemente nossa reorganização! Uma unidade com o objetivo de colocar os trabalhadores e trabalhadoras em luta e não de paralisar a Federação por conta das eleições. Uma unidade que quer repetir 2017, onde vimos a maior greve geral da história recente deste país e vimos a CSP-Conlutas na linha de frente do Ocupa-Brasília.

Na nossa avaliação, esta força da classe trabalhadora precisa ser exaltada! Afinal, h Hoje vemos também indígenas e camponeses resistindo ao espólio de suas terras e pagando com a vida os desmandos ruralistas. Vemos mulheres formando redes de acolhimento para atender vítimas de abuso e violência, abrindo espaço na marra em todos os lugares para expor machismo em toda nossa sociedade. Vemos trabalhadoras e trabalhadores se virando para chegar a empregos precarizados e produzir tudo aquilo que o capitalismo nos rouba. E, mesmo com todas as dificuldades, vemos todos esses setores se levantar e lutar contra tudo isso! É a força dessas pessoas, das mulheres, das negras e dos negros, das LGBTs, de todos os setores oprimidos e da classe trabalhadora explorada , que tem mantido esse país de pé e nós da Frente Base estamos deste lado! São as nossas mãos que produzem toda a riqueza e será por nossas mãos que devemos derrotar esse sistema capitalista! Será por nossas mãos que devemos fazer à verdade revolução, a revolução socialista!

Junte-se a nós nesse polo alternativo para construir na nossa federação uma rebelião pela Base! Há braços…Somos a Frente Base!!! Vamos continuar organizando os debaixo para derrubar os de cima!

Em breve disponibilizaremos a Tese completa da Frente Base

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