OUTROS OUTUBROS VIRÃO!
- frentebase
- 23 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
Organizar os de baixo para derrubar os de cima

O ano de 2017 ficará para história: no centenário da Revolução Russa e da primeira Greve Geral no Brasil, as nossas ações demonstraram, na prática, que luta organizada e a resistência da classe trabalhadora impactam nos rumos do país. Isso significa que, assim como os trabalhadores da Rússia fizeram há 100 anos, as lutas no Brasil deste ano reforçam que o papel de transformação social está em nossas mãos.
Assim foram as lutas do mês de março, a grande Greve Geral em 24 de abril e o Ocupa Brasília em 24 de maio. Somadas, essas ações organizadas conseguiram frear a Reforma da Previdência, prevista para o primeiro semestre, e desgastaram o Governo Temer, que ficou por um fio e teve chances reais de cair. O governo segue desgastado, mas ainda planeja novos ataques a nossa classe, por isso, precisamos continuar nossa organização para resistir e derrubar Temer e todos os corruptos.
Isto porque, apesar de termos conseguido construir importantes dias de luta, neste processo ficou nítida a traição da cúpula de algumas centrais sindicais, que preferiram fazer acordos com Governo e desmobilizar a classe no processo de construção da Greve Geral de 30 de junho, intensificando a agenda do ajuste fiscal. Com isso, Temer ganhou sobrevida e, em menos de um mês, aprovou a reforma trabalhista, conseguiu barrar as investigações que o acusavam de corrupção junto à Câmara dos Deputados, editou uma Medida Provisória (MP) para desmontar o serviço público com o Plano de Desligamento Voluntário (PDV), redução da jornada de trabalho com redução de salário e o estímulo à licença não remunerada. Agora, o Governo quer retomar a votação da Reforma da Previdência e aprová-la até outubro e outros pacotes de ataques, especialmente ao funcionalismo.
É possível derrotar todas essas reformas! Para isso, é urgente reorganizar as lutas com ampla unidade da classe trabalhadora, voltando a construir os comitês de lutas nos locais de trabalho, estudo e moradia. Temos que retomar as lutas; manter o estado de mobilização, denunciando as direções traidoras e apontar que a única saída que realmente poderá libertar a classe trabalhadora da opressão e exploração é construção de uma sociedade socialista. É necessário e possível, uma Greve Geral de 48 horas que derrote todas as reformas e coloque para FORA TEMER E TODOS OS CORRUPTOS DO CONGRESSO NACIONAL!
Queremos nos apoiar no exemplo da Revolução Russa que mudou para sempre a história, ao provar que é possível sim que a classe trabalhadora tome para si os rumos de suas vidas. Nesse projeto, não pode haver espaço para as opressões, que nos dividem e enfraquecem, nossas diferenças não podem ser desigualdades. Somos contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia.
Estes são os pensamentos que sempre nortearam a Frente Base e que, nesta tese, tentamos sistematizar através da defesa de um sindicalismo combativo, baseado na independência de classe, que tenha como eixo central a transformação social da vida da classe trabalhadora. Assim é CSP-Conlutas, Central Sindical e Popular que reivindicamos e apresentamos com bastante ênfase. Defendemos que é necessário ampliar a nossa participação na Central e fortalecê-la.
Convidamos todos e todas que participem conosco das elaborações da Frente Base e dos debates. Venham construir conosco essa Frente na Fasubra com o objetivo de retomar as lutas para colocar para Fora Temer, todos os corruptos e suas reformas. Vamos lutar para a construção de uma sociedade socialista! Vamos, juntos, organizar os de baixo para derrubar os de cima!
continuação da tese A crise internacional do capitalismo Ver a tese completa
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