Reforma do ensino médio: uma cilada contra a juventude
- frentebase
- 22 de ago. de 2017
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A reforma do ensino médio efetivada pela Medida Provisória 764 com a falsa justificativa de reduzir a evasão e elevar a qualidade dessa etapa da educação básica, na verdade é mais um ataque, desta vez à juventude, os filhos da classe trabalhadora. Primeiramente pelo fato de que, não se faz reforma educacional via medida provisória, o que revela o caráter autoritário de tal reforma, desprovida de debates envolvendo comunidade, escola e universidade. Neste sentido, evidencia os aspectos de retrocesso de tal reforma, de avanço da gestão privatista da educação e a expressão de práticas regressivas.
Somando-se a outras medidas de ataque à educação, como a diminuição do já insuficiente financiamento da educação infantil e creches, a reforma do ensino médio segue lógica do mercado e não da expansão das fronteiras do pensamento. Neste sentido, as reformas que absorvem também a educação profissionalizante, não atingem as escolas privadas.
Isto significa que quem será afetado é a classe trabalhadora que é quem tem seus filhos nas escolas públicas. Aos filhos dos trabalhadores, caberá apenas um ensino instrumental, que lhes dê somente as condições de aprender ofícios, retirando o pouco caráter reflexivo que as escolas poderiam propiciar. Soma-se a isto, que excluirá cada vez mais o já restrito acesso às universidades.
Portanto, nossa defesa tem de ser de uma educação pública, gratuita e de qualidade que tenha como foco colocar o conhecimento nas mãos da classe trabalhadora. Neste sentido, somos contra a reforma do ensino médio e defendemos uma universidade para os trabalhadores!
continuação da tese Universidade para os trabalhadores Ver a tese completa
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