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Frente ampla: a reedição do projeto de conciliação de classes


A Frente Ampla pelas Diretas Já tem como objetivo central a campanha por eleições diretas presidenciais e colocam isso claramente em seu manifesto dizendo que “a saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político”[1]. Entre as organizações que estão na Fasubra e assinaram o manifesto da Frente Ampla pelas Diretas Já estão: Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, CUT, CTB, Central Intersindical, MAIS, PCdoB, PT, PSOL.

Em suas bandeiras, sequer mencionam o corrupto Congresso Nacional e prepararam o terreno para as eleições de 2018, ou seja, atrás desta Frente está escondida a candidatura de Lula à presidência, reeditando o programa de conciliação de classes dos governos do PT. Um programa que segue a cartilha neoliberal e que Lula já afirmou: “seria falso dizer que eu vou anular tudo”, referindo-se às reformas de Temer e à possibilidade de se eleger em 2018. Afinal, os governos do PT de Lula e Dilma também seguiram a agenda neoliberal aplicada tanto pelos Governos Collor e FHC, claramente governos burgueses, e que seguem com o Governo Temer.

Como forma de desmobilizar, somam-se propostas como uma nova Constituição Federal, justamente o mesmo processo vivido no início dos anos 90. Se a década de 80 foi palco das grandes mobilizações que trouxeram importantes conquistas para a classe trabalhadora, a agenda neoliberal retirou esses direitos. Além disso, dar estabilidade ao sistema político significa claramente a defesa de via de conciliação de classes, ou seja, colocar as expectativas nas urnas ao invés de impulsionar as lutas. Defendemos ao contrário: é hora de impulsionar a crise política e de regime.

[1] Extraído do manifesto de convocação da Frente Ampla pelas Diretas Já.

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