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CSP-Conlutas: 11 anos fortalecendo a unidade sindical e popular, classista e independente


A CSP-Conlutas realizará este ano seu 3º Congresso Nacional. São mais de 10 anos desde o início do que chamamos de novo processo de reorganização do movimento sindical e popular brasileiro na construção e afirmação de uma alternativa de direção para o movimento de massas em nosso país. Para além de nos armar para as lutas imediatas, o Congresso estará envolvido pela energia das comemorações dos 100 anos da Revolução Russa, fato histórico se demonstra cada vez mais atual.

Hoje, diante da profunda crise política e econômica, que lança milhões de trabalhadores no desemprego e desfere violento ataque aos poucos direitos de nossa classe, nosso povo, resiste e luta protagonizando um dos maiores ascensos de nossa história. Para que nossa classe vença essa batalha, é vital que o movimento sindical se oriente pelo critério da organização da mobilização como seu método principal de luta e pela defesa intransigente do princípio da independência de classes.

Neste sentido, pudemos ver nas mobilizações deste ano a diferença de atuação das diversas centrais. A CSP-Conlutas esteve na linha de frente na construção da Greve Geral, orientando a criação de comitês para organizar de baixo pra cima a vitoriosa greve, pressionar as burocracias e avançar na consciência da classe sobre a necessidade da transformação social. Carregando as bandeiras do Fora Temer e os corruptos do Congresso Nacional e prisão aos corruptos e corruptores, a CSP-Conlutas também ocupou as ruas de Brasília, nos mantivemos por horas resistindo aos ataques e, a cada bomba jogada, o “Fora Temer” voltava mais forte.

Na sequência, a CSP-Conlutas defendeu que fosse convocada imediatamente uma nova Greve Geral, de 48 horas, para barrar as reformas da Previdência e trabalhista, revogar o projeto de terceirização e derrubar o Governo Temer. No entanto, a maioria das Centrais Sindicais vacilaram. A CUT e a CTB se alinharam à Força Sindical, à UGT e as centrais governistas para tentar segurar as revoltas da classe trabalhadora. No meio do mar de lamas que rola em Brasília, essas centrais passaram a negociar com o Governo Temer recuar das mobilizações em troca do imposto sindical e fizeram todos os movimentos possíveis para desmobilizar as ações do que poderia ser mais um dia histórico da classe trabalhadora brasileira. Mas apesar das diferenças entre as centrais sindicais, as manifestações tomaram o país e confirmaram que os trabalhadores estão dispostos a lutar.

Por isso, para a CSP-Conlutas, as centrais que vacilaram no último momento na construção da Greve Geral cometeram um grande equívoco. Isto porque, estamos vendo que a classe operária, junto com o movimento popular, retomou seu papel histórico, colocando-se à frente e sendo parte ativa das greves gerais, paralisando a produção em todo o país e demonstrando sua força.

É a serviço do fortalecimento dessa estratégia transformadora que realizaremos o 3º Congresso da CSP-Conlutas. Na CSP-Conlutas estão os que se movem na defesa do socialismo em substituição ao capitalismo, combatendo o machismo, o racismo e a LGBTfobia. Para nos libertarmos desse jugo, temos que condenar o caminho da conciliação de classes, das ilusões nos regimes eleitorais deles e apostarmos tudo em nossa ação direta e independente.

São com esses objetivos e compreensão que devemos fortalecer a CSP-Conlutas. Neste sentido, reivindicamos um sindicalismo combativo, classista e independente, pautado nas seguintes concepções:

· independência de classe na nossa organização; · a mobilização como forma predileta de nossa luta; · unidade do movimento sindical e popular; · apoio mútuo e solidariedade ativa entre os trabalhadores empregados e desempregados; · a solidariedade internacional ativa como necessidade estratégica de nossa vitória; · autonomia frente aos partidos e organizações políticas; · método da democracia operária como o princípio para exercício de nossas lutas;

Por estes motivos, no Congresso da Fasubra queremos aprofundar o debate sobre as Centrais Sindicais, colocando a CSP-Conlutas como alternativa de luta e independência da classe trabalhadora.

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