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Crise política e de regime: colocar para FORA TEMER E TODOS OS CORRUPTOS


O governo Temer segue fortemente marcado pela corrupção e, após a condenação do ex-presidente Lula (PT), em primeira instância pelo juiz federal Sérgio Moro, ligou o botão do salve-se quem puder do “Caixa 2” de campanha em Brasília. Foi assim que, diante da denúncia por corrupção passiva, oferecida pela Procuradoria Geral da República, Temer foi para o tudo ou nada, para não ser afastado do cargo de presidente. Um governo, que mesmo com uma baixíssima popularidade, garantiu a votação contra sua corrupção com mais corrupção: foram negociados a compra de votos de deputados, distribuição de cargos, emendas, liberação de grilagem, perdão e renegociação de dívidas de ruralistas e sabe-se lá mais o quê.

O balcão de negócios rolava solto enquanto mais de 80% da população defendia a abertura do processo contra Temer e assim, os mesmos deputados que se fartaram das propinas oferecidas pela Odebrecht e pela JBS/Friboi, votaram contra abertura de investigação de Temer.

Desta forma, o vice de chapa de Dilma ganhou sobrevida para continuar o governo igualmente comprometido com o ajuste e com a agenda neoliberal. Afinal, não é à toa que o comandante da economia brasileira durante longos anos no Governo petista, foi Henrique Meirelles, o mesmo que hoje comanda a economia nacional no Governo Temer. Essa situação de disputa pela chave do cofre da nação, tem enfraquecido e levado a uma crise do regime, com o avanço da Lava Jato, na qual os podres poderes da República estão profundamente desgastados e questionados pela população.

De um lado, a burguesia tradicional (PSDB, PMDB, DEM), do outro, os novos ricos, que estão na direção do PT e aliados. São lados de uma mesma moeda, que lutam para se manter ou voltar ao poder, utilizando para isso todos os mecanismos possíveis, como aprofundar o fisiologismo no Congresso Nacional para aprovar as reformas ou patrocinar, por parte do PT/CUT, no movimento de massas, traições como a verificada no desmonte da greve geral do dia 30 de junho, que facilitaram a aprovação da reforma trabalhista.

Defendemos que a única maneira de derrubar Temer e impedir seu plano de ajustes contra os trabalhadores é seguir nas ruas. Afinal, as lições da história nos mostram que não podemos reeditar o programa de conciliação de classes que leva a falsas ilusões e mantém a mesma política de ataque à classe trabalhadora. Só a mobilização de todos poderá ser vitoriosa contra o governo, por isso precisamos organizar as lutas pela base e para isso é fundamental a criação de comitês de lutas contra essas reformas nos bairros, nos locais de trabalho. Podemos unificar setores importantes da classe trabalhadora e não permitir a retirada de nenhum direito.

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