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PROTESTOS DA CLASSE TRABALHADORA SE ESPALHAM PELO MUNDO


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O assassinato por asfixia de George Floyd, um homem negro desarmado de 46 anos, por um policial branco na cidade de Minneapólis no último 25 de maio fez explodir levantes por todos os cantos dos Estados Unidos. Hoje, passadas mais de duas semanas do início daqueles levantes, grandes protestos se espalham por todo o mundo, com ocorrência de atos no Canadá, México, Alemanha, França, Inglaterra, Grécia e Austrália.


Aqui no Brasil manifestações antifascistas iniciadas no dia 31/05 tomaram as ruas de diversas cidades grandes e capitais de estados de nosso país, com atos ainda maiores que aconteceram neste último domingo (07/06). Em alguns atos, manifestantes enfrentaram grande repressão policial. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Bèlem e Porto Alegre a polícia militar covardemente agrediu manifestantes, em Curitiba houve inclusive prisões arbitrárias.


Trabalhadores e trabalhadoras tomam as ruas em todo o mundo.
Trabalhadores e trabalhadoras tomam as ruas em todo o mundo.

Tudo acontece ao mesmo tempo em que a pandemia da Covid-19 segue avançando por todo o mundo e quando agravam-se os já críticos quadros da maior crise financeira e social do século XXI. Crise que piora as condições de vida para os trabalhadores já que nossas vidas são ceifadas e nossos direitos retirados. A resultante, é que centenas de milhares de vidas da classe trabalhadora encontram-se sem emprego, sem renda e sem condições mínimas de se proteger ou cuidar de seus familiares.

Contra esta situação agudizante, levantes populares tomam as ruas do mundo. Mais do que reivindicação de reparação a danos raciais históricos, são respostas de nossa classe contra os atuais governos que, ao invés de enfrentar a atual crise, colocam em prática políticas genocidas. Por isso, trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo iniciam uma forte reação contra a classe burguesa, sua inimiga histórica.

Já são dias de protestos ascendentes e ininterruptos. Iniciados com um importante protesto com contornos raciais, hoje ganha dimensão de um movimento de luta que conta com toda a classe pobre, trabalhadora e explorada. Nos EUA, os manifestantes seguem há duas semanas ignorando o toque de recolher imposto em diversos estados, impulsionando a luta da classe em outros países também.

Acontece que todos nós, trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo, já estamos fartos deste sistema capitalista e de toda a brutalidade desta minoria que constitui a classe dominante! Pessoas do mundo todo cada vez mais se perguntam o porquê de tão poucos bilionários explorarem e reprimirem tantos trabalhadores. As pessoas começam a perceber que não há lógica alguma que sustente um sistema como esse e passam, a cada dia, cada vez mais questioná-lo. Por vezes esse questionamento se transforma em grandes revoltas.




Protestos apresentam pautas anticapitalistas

Antes mesmo do assassinato de Floyd, antes mesmo do agravamento desta crise intensificada cataliticamente pelo surgimento do coronavírus, já estavam em curso explosivos processos de lutas da classe trabalhadora em várias partes do mundo. Havendo inclusive quem afirme que presenciamos um momento pré-revolucionário. Fatos recentes reforçam essa tese como, por exemplo, o movimento dos coletes amarelos contra as reformas do governo francês, as greves gerais no Brasil e na Argentina contra as reformas trabalhistas, previdenciárias e contra os planos de ajustes econômicos. Em Hong Kong, o levante da juventude, na Síria, a guerra civil e a resistência do povo palestino contra o terrorismo de Israel apoiado pelos países imperialistas. Levantes populares conteceram também no Egito, na Indonésia, na Nicarágua, na Venezuela e a revolta dos povos indígenas no Equador, na Bolívia. Além da impressionante revolução do povo chileno contra o modelo político neoliberal consolidado há trinta anos naquele país que já fora um dos mais ricos e promissores da américa latina, mas que hoje, devido a esta política, encontra-se destruído pela sua predadora burguesia e pelos interesses do imperialismo.

A questão chilena revela o gigantesco fracasso das políticas neoliberais, cujo ministro economia do governo de Bolsonaro, Paulo Guedes, busca implementar em nosso país. O fracasso desta política no Chile demonstra que visa apenas maior enriquecimento de um seleto e pequeno grupo de empresários, piorando as condições de vida da classe trabalhadora e aumentando as desigualdades sociais.

Todo esse cenário traz à tona questões importantes que vão desde o assassinato de Martin Luther King, em 1968, questionando, também, a dura situação de vida da classe trabalhadora no mundo todo.

Nós da Frente Base tentamos sintetizar algumas dessas questões e em breve apresentaremos alguns debates para compreender e intervir nessa complexa realidade.

Ao longo da semana, publicaremos textos com este intuito e, através deste debate vamos apresentar um olhar que aponte um caminho para a classe trabalhadora. Isso porque compreendemos que a única forma de salvar nossas vidas, de garantir o fim da exploração e da opressão que assola a classe trabalhadora mundial é pela construção de uma outra forma de organização social. Precisamos destruir o capitalismo e colocar a classe trabalhadora e povo pobre no poder através de uma revolução socialista.

Acompanhe e participe deste debate conosco!

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